terça-feira, 3 de março de 2009

Papel Eletrônico

Fernando Stacchini




Imagine uma película com apenas um átomo de espessura, extremamente flexível, mais resistente do que qualquer outro material e que, além disso, possa conduzir eletricidade mais rápido do que qualquer outra substância.

Foi exatamente esse material que Andre K. Geim e seus colaboradores conseguiram ao desenvolver um método para isolar camadas ultrafinas de grafite: o grafeno, um filme de espessura nanoscópica, composto somente por átomos de carbono e com propriedades quânticas de condutibilidade e resistência, que começam a ser estudadas com perspectivas muito promissoras.

Descrito em outubro de 2004 por Geim e seus colegas, o grafeno já vem sendo apontado como material do futuro: cotado para substituir o silício na indústria da computação e capaz de forçar a aposentadoria precoce dos nanotubos de carbono.

Recentemente, cientistas desenvolveram novos processos químicos para produzir filmes de grafeno, como alternativa mais versátil ao processo mecânico, até então o único existente. Os novos processos propiciam filmes transparentes, ultrafinos , mas com extensão relativamente grandes se comparados com os anteriormente produzidos. Isso abre novas frentes de pesquisa para engenheiros desenvolverem novos produtos, como eletrodos e nanochips.

Um exemplo, segundo os pesquisadores, está em telas eletrônicas, para uso em publicações como revistas ou jornais, em substituição ao papel.

Para saber mais:
http://www.nature.com/nature/journal/v457/n7230/full/nature07719.html
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nova-forma-de-produzir-grafeno-viabiliza-papel-eletronico&id=010165090203
http://pico.phys.columbia.edu/pdf_papers/SciAm_4_2008_PK.pdf

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