sexta-feira, 29 de maio de 2009

Lei francesa contra download ilegal

O Senado Francês aprovou na semana passada projeto de lei conhecido como "Criatividade e internet", o qual prevê pena de 2 (dois) meses a 1 (um) ano sem conexão a internet aos usuários que fizerem download de músicas e filmes de maneira ilegal.

A principio, a idéia é criar uma agência governamental chamada Hadopi - a sigla significa "Alta Autoridade para Difusão de Obras de Arte e Proteção de Direitos na Internet", a qual irá supervisionar os downloads e quando constatar ilegalidade, enviará até três avisos de advertência antes de suspender a conexão a internet. O usuário que tiver sua conexão suspensa por infringir a lei não terá direito de contestar perante a justiça a decisão de suspensão e ainda terá que continuar a pagar pelo serviço mesmo sem utilizar.

A nova lei tem despertado grande interesse e conta com a aprovação dos produtores de CDs e DVDs, que acreditam que tal iniciativa possa acarretar o fim da violação de direitos autorais e da queda das vendas (60% nos últimos seis anos por conta da pirataria on-line). Por outro lado a lei tem desagradado a oposição que acredita que a decisão de interromper a conexão deve ser tomada apenas pelo Judiciário.

Além dos pontos já expostos, críticos afirmam que a lei será ineficaz pelo simples fato de que usuários conectados em hotsposts, Wi-Fi públicos ou com IP mascarado são, em tese, impossíveis de rastrear.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Banda Larga nas Tomadas?

O que parecia mero enredo de um filme de ficção científica parece estar cada dia mais próximo da realidade brasileira. Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) regulamentou, por meio da Resolução nº 527, o acesso à internet banda larga pela rede de energia elétrica.

A Resolução da Anatel aprova o Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofrequências por Sistemas de Banda Larga por meio de Redes de Energia Elétrica que permite que empresas passem a solicitar autorização para fornecer referido serviço, bem como estabelece, dentre outras coisas, a necessidade de homologação dos equipamentos pela Anatel e a possibilidade de desligamento remoto de referidos equipamentos caso estejam causando interferência prejudicial.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também já abriu Audiência Pública para "obter subsídios e informações adicionais para aprimoramento de ato regulamentar sobre a utilização das instalações de distribuição de energia elétrica como meio de transporte para a comunicação de sinais".

O sistema de telecomunicações que utiliza a rede elétrica como meio de transporte conhecido como "Power Line Communications" (PLC) ou "Broadband over Power Line" (BPL) não é uma novidade e vem sendo estudado no Brasil desde 2001. Referido sistema utiliza-se de uma frequência diversa da energia elétrica para trafegar pela rede, o que possibilita o compartilhamento do meio físico.

Ao utilizar a rede elétrica, com infra-estrutura já plenamente instalada e disponível em todo o território nacional, o novo sistema amplia e muito o leque da inclusão digital, tornando-a ainda mais viável, acessível e real.

Algumas empresas, como a Companhia Paranaense de Energia e a AES Eletropaulo Telecom já vem fazendo testes utilizando a tecnologia PLC há algum tempo, sendo que esta última pretende disponibilizar o serviço ao público em geral ainda este ano.

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